Carta ao palácio
Aqui nesse texto na segunda publicação dessa, segunda fase do Blog do Avesso, tento procurar as palavras para escrever, corretamente, porque as palavras, mesmo que saiam com indignação, elas não podem serem voltadas simplesmente pela emoção, porque estou tentando dizer seria então uma metralhadora atirando "merda" para todo lado.
Escrevo com os sentidos aguçados por vê pessoas, famílias sem terras, homens e mulheres, sendo tratados como criminosos por alguns integrantes da Polícia Militar do estado do Maranhão.
O fato ocorreu há poucos dias, não tenho muitas informações sobre o ocorrido, apenas um vídeo, mas que dá para ver claramente um policial, homem, puxando e jogando uma sem terra no chão. Mulher.
Então o texto sai com uma forma de indignação e denúncia pelo ocorrido. É lógico, que precisam serem apurados mais ainda. A polícia é para fazer segurança das pessoas e "não para compor grupos de milícias de fazendeiros" (As aspas não são falas de ninguém. São apenas para ficar destacado, pois, em alguns lugares do Maranhão e de outros estados do nordeste, já foram encontrados milícias rurais, compostas, também, por PMs). E na minha humilho opinião não quero acreditar que esse grupo de policiais estejam fazendo parte de alguma milícia.
Haja vista que a ocupação já é uma prática de luta do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terr, MST, ou de qualquer outro movimento social que luta por reforma agrária tem como prática a ocupação.
As ocupações são estudadas, discutidos e debatido nos vários espaços das academias e não é um ato criminoso. Não é um ato como o de "8 de janeiro de 2023".
Um ato de uma ocupação de uma terra, por grupos de famílias sem terras é simplesmente para lembrar ao Estado que existe uma reforma agrária para ser feita e que ainda não foi feita.
O vídeo que caiu meu celular é um vídeo verdadeiro, amador, porém e mostra a realidade e é por isso é que estou aqui tentando medir as palavras para que eu não seja leviano, todavia, que preste a minha indignação contra o ocorrido. O que se que são estão três sem terras, detidos sob custódia da polícia, uma é a mulher que foi jogada ao chão.
Ainda há algo de podre nessa relação do conflito e da busca por justiça. Fica aqui ao meu apelo: gostaria muito que esse texto chegasse ao governador, Carlos Brandão e que ele reconhecesse que essa ação da Polícia Militar, nesse momento foi uma ação de truculência e que precisa ser avaliada. Rigorosamente.
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