Para Valdivino

Minha homenagem ao seu Valdivino. Nunca é tarde para uma homenagem. Infelizmente não pude estar presente junto aos seus, sobretudo, aos mais próximos de mim, seus filhos, o professor Ozas, Zeca, jornalista e cineasta e Quenate, o trabalhador rural. 

Mas, seu Valdivino vai deixar saudade. E deixou uma parte importante da sua história no Assentamento Califórnia. Ajudou a construir esse lugar. 

Quando eu saí do seminário e vi definitivamente morar com meus pais, aqui no Assentamento Califórnia, conheci seu Valdivino trabalhando no seu terreno aqui na Califórnia. E às vezes que a gente trocava algumas palavras por conta da aproximação, com seu filho o Ozias, dava para perceber sua gentileza em seus gestos e o tanto que ele era uma pessoa culta. 

E sabendo, posteriormente, pesquisando histórias de Açailândia achei que ele fez parte da história da cidade, justamente também na construção da história de um povoado chamado "Colônia". Uma das primeiras experiências de assentamentos na Região Tocantina.

Seu Valdevino "se foi" no último sábado, dia 5 de outubro. Ele vai deixar saudade para aqueles que o cercaram na história do Assentamento Califórnia e para os mais próximos. 

Quando a casa da Rua Margarida Alves, hoje próxima à quadra, ainda era sua, porque hoje é  professor Ozias [filho], ele sempre passava em frente à casa do meu pai, vindo da roça a já no alto de seus setenta ou oitent, numa moto, "cenzinha". Vinh da roça naquela motinha, com seu facão de pendurado. Sabe-se reconhecer de fato quem gosta da "mãe terra". E seu Valdivino era um desses. 

Deixou com certeza uma família maravilhosa, respeitadora, educada, e formada no mais amplo sentido do conhecimento.

Ele era evangélico, que carregava realmente o sentido de caridade que Cristo deixou como exemplo. Esse sentimento ele transferiu para os filhos [me refiro aos que conheço]. Verdadeiras pessoas bondosas. 

Seu Valdivino vai deixar muita saudade!

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