Reta final de campanha em Imperatriz

As eleições municipais de Imperatriz, Maranhão, entram em sua fase decisiva, e a disputa pela prefeitura parece cada vez mais acirrada, com ataques e contra-ataques. De um lado, temos Rildo Amaral, representante do Progressistas (11), e de outro, Mariana Carvalho, do Republicanos (10). Ambos candidatos ocupam espectros conservadores do debate político, sendo Rildo mais alinhado à direita tradicional e Mariana defensora de uma linha ainda mais radical, associada à extrema direita. O cenário é preocupante, especialmente para quem, como eu, via em Marco Aurélio (PCdoB) uma esperança de avanço em políticas populares e progressistas. Com sua saída da disputa, a cidade agora enfrenta um duelo entre dois projetos políticos retrógrados.

Rildo Amaral, com seu histórico político conhecido, tenta se posicionar como uma alternativa “moderada” frente à retórica radical de Mariana Carvalho. No entanto, não podemos esquecer que o Progressistas, seu partido, está longe de ser um bastião de moderação. Trata-se de uma legenda que, embora não flerte abertamente com os discursos mais extremistas, ainda sustenta as mesmas bandeiras de uma direita conservadora, mais conversável.

Ele carrega o discurso de recuperação de Imperatriz. Seu projeto para Imperatriz segue nessa linha, com promessas de desenvolvimento econômico e social. Com o mínima de garantia de que isso se traduzirá em melhorias reais para a população mais vulnerável da cidade.

Mariana Carvalho, por sua vez, representa o que há de mais perigoso na política brasileira atual. Apoiadora fervorosa do bolsonarismo, sua candidatura ecoa os mesmos discursos de ódio, violência e retrocesso que marcaram os últimos anos no país. Sua proposta de gestão é baseada em um "moralismo autoritário" e na perpetuação da desigualdade social [disfarçado de soluções para os problemas do povo. Não há qualquer menção a políticas públicas de inclusão, apenas a reafirmação de uma ordem conservadora que visa manter privilégios para poucos enquanto joga as camadas mais pobres da população à margem. Sua vitória representaria um desastre para Imperatriz, que veria seus direitos básicos sendo dilapidados em nome de uma ideologia extremista.

É importante lembrar que, mesmo com a saída de Marco Aurélio da corrida, há espaço para resistir. A esquerda de Imperatriz não pode se resignar diante da escolha entre dois males. Devemos continuar mobilizados e atuantes, com a possibilidade de dialogar com Rildo e combater o extremismo de Mariana. Ainda que a campanha eleitoral esteja nas mãos desses dois nomes, nossa luta por justiça social, igualdade e inclusão não pode cessar. A direita tradicional e a extrema direita podem estar brigando pelo poder agora, mas é nossa responsabilidade garantir que não tenham campo livre para destruir o que resta das políticas públicas da cidade.

O futuro de Imperatriz não pode ser entregue a quem deseja apenas o lucro e a manutenção de uma ordem desigual. Precisamos, mais do que nunca, de uma política voltada para o povo, para os trabalhadores e para aqueles que foram historicamente oprimidos. E isso só será possível com uma resistência, principalmente, organização e firmeza e organizada contra o extremismo.

Concluo com a certeza de que, independentemente do resultado dessas eleições, a luta continua. Rildo Amaral e Mariana Carvalho podem ter o palco neste momento, mas o povo de Imperatriz é quem deve decidir seu futuro. E esse futuro, acredito, será construído longe das amarras do conservadorismo e do extremismo. Estamos em um momento crucial para nossa cidade e para o Brasil, e não podemos deixar que esse embate entre a direita e a extrema direita nos enfraqueça. Ao contrário, ele deve nos fortalecer para as batalhas que virão.


Comentários

  1. Concordo com a análise sobre o cenário preocupante em Imperatriz. A disputa entre direita e extrema direita ameaça as pautas de justiça social e inclusão, sobretudo com a saída de Marco Aurélio. É essencial que a esquerda siga mobilizada, resistindo ao avanço de ideologias que desconsideram as necessidades da população vulnerável. A luta não se encerra nessas eleições; ela continua...

    ResponderExcluir
  2. Além disso, Antônio, fazer trabalho de formação na sua base. Obrigado por interagir!

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

"Terra de Quem?", do maranhense, Paulo Maciel

Palavras de Andréia

Cotidiano vergonhoso