A Extrema Direita e a Ameaça à Democracia
A operação da Polícia Federal deflagrada, chamada de "Punhal Verde Amarelo", escancarou, hoje, o que muitos já sabiam: a extrema direita brasileira não apenas ameaça as instituições democráticas com palavras, mas, age de forma deliberada para minar a estabilidade do país. A descoberta de um plano para assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, seu vice, Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes, demonstra a gravidade da radicalização promovida por figuras próximas ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Parece coincidência? Não é coincidência que tais atos se originem em um ambiente de incitação constante contra os pilares da República, criado por aqueles que nunca aceitaram o resultado legítimo das urnas, de 2022.
Desde sua ascensão, Bolsonaro e seus aliados utilizaram a retórica do ódio como ferramenta política, flertando abertamente com o autoritarismo e ameaçando instituições como o Supremo Tribunal Federal e outros tribunais. Está na memória de todos que um de seus filhos disse, abertamente que para fechar o Supremo ou prender um ministro do supremo, bastava um cabo e o jeep. Quem lembra disso?
O ex-presidente não apenas tolerou, todavia, incentivou seguidores extremistas a tratarem adversários como inimigos a serem eliminados. Os fatos revelados hoje, (19) mostram que esses discursos têm consequências reais e perigosas. A política baseada no medo e na intimidação é a marca registrada de uma extrema-direita que despreza o Estado de Direito.
A tentativa de orquestrar ataques contra os principais representantes do poder republicano não é apenas um atentado contra indivíduos, mas contra a democracia em si. Mais grave ainda é que esses atos foram arquitetados por pessoas ligadas ao bolsonarismo, um grupo que sempre mostrou hostilidade à alternância de poder e desprezo pelo voto popular. É a materialização da máxima: quando o discurso de ódio é normalizado, o extremismo se transforma em ação concreta.
A extrema direita, desprovida de qualquer compromisso com o bem coletivo, demonstra que está disposta a tudo para sabotar a democracia. Entretanto, é preciso deixar claro que a sociedade brasileira não aceitará retrocessos. Os responsáveis por esses crimes devem ser investigados, julgados e punidos de forma exemplar. Apenas com uma resposta firme [com um: anistia nem pensar de cadeia para todos, incluindo Bolsonaro!] das instituições é possível conter o momento de ódio e a "tal" da polarização no Brasil.
O episódio também evidencia a necessidade de enfrentarmos à desinformação e ao fanatismo que alimentam tais atos. Muitos dos envolvidos foram seduzidos por teorias conspiratórias e pela manipulação política promovida por aqueles que lucram com o caos. É o momento de reafirmarmos o valor da educação, do diálogo e da convivência democrática para proteger as conquistas que tantos lutaram para alcançar.
É preciso desintegrar a extrema direita e seus delírios golpistas, o Brasil segue adiante. É fundamental que permaneçamos vigilantes. A democracia brasileira é resiliente, sobretudo, não é inquebrável. Que este episódio sirva de alerta: a luta pela democracia é contínua, e derrotar o autoritarismo é uma tarefa que exige união, coragem e firmeza.
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