O Circo do Colégio Eleitoral: Elegendo Presidentes com Aplausos e Confusão"
Nos Estados Unidos, o país que se autoproclama a grande "democracia" do mundo, o processo de escolha do presidente parece mais uma competição de popularidade com regras obscuras. Enquanto o cidadão comum acredita estar depositando seu voto direto para o líder da nação, na verdade ele está escolhendo representantes que, teoricamente, vão escolher por ele. O famoso "Colégio Eleitoral", onde 538 pessoas decidem por 300 milhões, é um sistema que deixaria qualquer espectador perplexo – é quase como um truque de mágica: você vê o voto sumir e reaparecer onde menos espera.
Como assim? Bem, a disputa, que em tese deveria ser democrática, se torna um show de horrores quando estados inteiros são disputados como troféus em uma guerra medieval. Basta vencer na "região certa" para somar todo o lote de votos daquele estado, ignorando quem votou contra. No final, isso significa que as grandes decisões se resumem aos chamados "swing states" – os estados "bala de prata". Califórnia, Nova York? Nem precisam votar; são os indefinidos que recebem toda a atenção, como se o resto do país fosse só palco de fundo.
A ironia, é claro, atinge o ápice quando lembramos que o candidato que ganhar a votação popular pode muito bem perder no colégio eleitoral. Imaginem o espanto de um estrangeiro que, ao ouvir falar de "um homem, um voto", descobre que essa matemática é flexível. Dependendo de onde você mora, seu voto vale mais – ou menos – e tudo isso é embalado no mantra de que "é assim que se mantém o equilíbrio". Equilíbrio para quem, exatamente?
Agora, o enredo da eleição ganha o tempero final: dois candidatos brigando pelos votos, mas um sistema que só faz sentido dentro da própria bolha americana. A obsessão por debates intermináveis, promessas recicladas e slogans patrióticos – é quase como assistir a uma temporada de reality show, onde o público se confunde entre protagonista e espectador. Será que, no fim das contas, essa eleição é mesmo sobre escolher o melhor candidato, ou só mais uma performance no grande palco da política global?
Mas talvez o melhor de tudo seja o impacto global que essa "brincadeira" causa. Enquanto o americano médio sofre para entender como seu voto conta (ou não), o resto do mundo espera ansiosamente pelo "resultado". A mídia, inclusive a nossa, faz uma cobertura quase obsessiva, transformando o processo eleitoral em um espetáculo – como se fosse um evento esportivo internacional, com torcida e tudo. "Quem vai vencer?" parece importar mais do que "o que significa essa vitória".
E entre o sistema confuso, a pressão midiática e os ânimos inflamados, o cidadão americano vota, mas nem sempre elege. Afinal, quem vence mesmo é o Colégio Eleitoral, que, por uma estranha tradição, dita o resultado final. É o tipo de história que, se fosse aplicada em outros países, já seria motivo de piada, mas, na América, é a rotina democrática – ou o que se chama de democracia, ao menos para eles.
No final, o espetáculo termina com alguém empossado e milhões de eleitores coçando a cabeça, perguntando o que, exatamente, aconteceu. A cerimônia de posse, cheia de glamour, encerra a temporada atual, enquanto o resto do mundo observa com a mesma mistura de fascínio e confusão. Se a ideia é manter as aparências, o show americano é imbatível. Quanto ao conteúdo... bom, isso fica para a próxima temporada.
Uma grande é dita democracia abalada pelo seu aniversário próprio povo!
ResponderExcluirMuito interessante, tema abordado com diligência e com vários argumentos, causas que estão longe de nosso conhecimento mas que nos foram apresentadas aqui. Que a democracia seja para todos os países, pois o direito é de todos!!!
ResponderExcluirMuito interessante o artigo. Do que adianta o estadunidense sair de casa para votar se, no fim das contas, não é ele que elege seu candidato!? 🤦♀️🤷♀️
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